A constituição apostólica estabelece a criação de ordinariatos pessoais, equivalentes a dioceses não geográficas, como as que existem para as forças armadas, para acolher fiéis da comunhão anglicana que queiram entrar em comunhão com a Igreja Católica, mantendo todavia as suas tradições e o seu património litúrgico e espiritual.
A proposta já foi aceite por vários indivíduos e comunidades que pertenciam à Comunhão Anglicana, mas também pela Igreja Anglicana Tradicional, uma comunidade que rompeu com a Comunhão Anglicana em 1991. Um ordinariato já foi estabelecido em Inglaterra, com outros agendados para a Austrália, Canadá e Estados Unidos.
Contudo, esta é a primeira ocasião em que uma comunidade de tradição luterana anuncia a intenção de aderir. O líder da Igreja Anglo-Luterana Católica explica que submeteram um pedido de união com Roma já em 2009, mas que por não serem anglicanos não lhes ocorreu que pudessem ser abrangidos pelo Anglicanorum Coetibus. Mas depois da publicação do documento as autoridades católicas informaram-lhes que podiam aproveitar a mesma estrutura, juntando-se aos ordinariatos criados nos seus respectivos países.
A Igreja Anglo-Luterana Católica serve cerca de 11 mil pessoas, inclui cinco arcebispos e três bispos e tem paróquias em vários países, incluindo o Canadá, Alemanha, Sudão, Uganda e Quénia, mas sobretudo nos Estados Unidos.
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site: rádio renascença
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