quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Homilia - 3 de fevereiro 2011 - Onde fica sua força, a eficácia da sua ação?

Jesus Cristo estava havia poucos meses pregando pela Judeia e Galileia. Foi formando um grupo de discípulos e seguidores, e escolheu Doze deles como apóstolos. Com eles fala intimamente, explica-lhes as parábolas, escuta-os e ensina-os. Chega o momento de enviá-los para pregar a Boa Nova. É a primeira missão dos apóstolos, uma primeira garnde missão para preparar o caminho da pregação de Jesus. O Mestre lhes explica com detalhe o que fazer. Não lhes pede que façam grandes sermões teológicos, nem que falem de tal forma que deixem boquiabertos quantos escutarem. Simplesmente têm que anunciar a paz (“A paz esteja nesta casa”) e ensinar que o Reino de Deus está próximo, o Reino do Amor. Com essa tarefa e com a confiança colocada no Senhor, os apóstolos saem para percorrer os povoados e cidades próximas.
O chamado e, consequentemente o envio, é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério e o serviço devem ser entendidos numa dimensão comunitária. Pois a Igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Cristo os envia em missão, dois a dois, colocando como centro a vida em comunidade na ação missionária. Esse foi o espírito do Concílio Vaticano II: A missão na Igreja-comunhão.
Onde fica sua força, a eficácia da sua ação? Em que são enviados por Alguém. Não anunciam uma mensagem própria, mas sim a mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aí está a força do cristão quando prega para os outros. Não sou eu que quero fazer com que o outro fique admirado com minhas ideias maravilhosas; sou eu que quero transmitir ao outro a grandeza de Deus, a maravilha de Deus, a experiência de se sentir amado por Deus. Pensemos que esta pregação não é algo exclusivo de algumas missões de evangelização. Pregamos com nosso exemplo quando vamos à Santa Missa em família, quando consolamos um amigo que está precisando. Pregamos com nosso exemplo quando compartilhamos a alegria de viver, o otimismo diante de uma situação difícil, a vontade de amar aquele que não se sente amado, o entusiasmo por “fazer o bem sem olhar a quem”.

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